Por Ana Karolina Barros, Marina Novais e Helca Nascimento
A maternidade atípica se refere à experiência de mães que possuem filhos com necessidades especiais ou que não se enquadram nos padrões tradicionais de desenvolvimento. Esse conceito engloba uma variedade de condições, como deficiências físicas, intelectuais e sensoriais, transtornos do espectro autista, distúrbios de desenvolvimento, síndromes, doenças crônicas ou raras, entre outras situações que requerem cuidados e atenções específicos.
Preocupações e desafios são inerentes à maternidade, mas a maternidade atípica é marcada por incertezas constantes e uma necessidade contínua de adaptação. Mães atípicas frequentemente enfrentam perguntas sem respostas claras: “Será que meu filho vai falar? Como vou saber se algo está errado? Ele será aceito e incluído pela sociedade? Ele compreende suas próprias limitações?”
Enfrentar esta realidade pode ser extenuante e emocionalmente desgastante. O estresse vivido por mães atípicas pode ser comparado ao estresse experimentado por soldados em zonas de combate, dada a constante vigilância e preocupação com o bem-estar de seus filhos.
Reconhecer essa realidade desafiadora é o primeiro passo em direção à construção de um ambiente de apoio que valorize e respeite as experiências e sentimentos das mães atípicas.
Foi pensando em valorizar as experiências das mães atípicas e em promover uma rede de apoio ética e socialmente responsável no ambiente laboral que a Agir criou o “Ambulatório de mães atípicas”, um espaço acolhedor e seguro, idealizado para oferecer suporte emocional, psicoterapia e psicoeducação para essas mães, firmando o compromisso de promover a inclusão, a equidade e o respeito pelos direitos humanos, contribuindo para o desenvolvimento social da comunidade.
O Ambulatório de mães atípicas oferece dois tipos de atendimento: individual e em grupo. Nos atendimentos individuais, cada mãe recebe atenção personalizada, onde suas preocupações e necessidades específicas são ouvidas e atendidas. Nas sessões em grupo, os encontros permitem que as mães compartilhem seus anseios, troquem experiências e se apoiem mutuamente. Ao facilitar a interação entre mães que vivem situações semelhantes, é possível criar um senso de comunidade e pertencimento.
Neste contexto, é fundamental entender que cuidar das mães atípicas não é apenas uma questão de oferecer serviços de saúde; é uma questão de construir uma sociedade mais inclusiva e benevolente, onde todos os colaboradores, independentemente de suas circunstâncias, possam encontrar apoio e solidariedade.
A responsabilidade social exige o reconhecimento e a resposta às necessidades dos mais vulneráveis. Ao estabelecer o ambulatório de mães atípicas, dá-se um passo concreto para cumprir essa responsabilidade, oferecendo recursos e suporte que podem transformar vidas. O compromisso é criar um ambiente onde essas mães possam cuidar de si mesmas e de seus filhos com mais confiança e tranquilidade, sabendo que não estão sozinhas em sua jornada.
Além do compromisso social, o ambulatório também está enraizado em princípios éticos, pois todas as mães merecem ser tratadas com empatia, dignidade e justiça. Ao proporcionar tratamento respeitoso e justo, a Agir reafirma o compromisso de garantir que cada colaboradora que é mãe atípica se sinta amparada e valorizada, recebendo todo apoio e respeito que a instituição pode oferecer.
Ademais, o ambulatório visa promover a conscientização sobre a importância de um suporte contínuo e compreensivo para mães atípicas, influenciando positivamente a percepção da sociedade em relação a estas mães. A Agir entende que a inclusão vai além de oferecer serviços; trata-se de mudar atitudes e criar um ambiente de verdadeira aceitação e apoio.
A missão da Agir com o Ambulatório de Mães Atípicas é clara e firme: construir uma sociedade mais justa e compassiva, onde todas as mães, especialmente as atípicas, tenham acesso ao suporte necessário para enfrentar seus desafios diários. É com essa visão que a Agir segue empenhada, reafirmando seu compromisso com a ética, a responsabilidade social e o desenvolvimento humano, contribuindo para um futuro mais inclusivo e solidário para todos.
Ana Karolina Barros é Diretora Corporativa de Recursos Humanos, Marina Rodrigues Novais Pires é Supervisora de Saúde Mental no Trabalho, e Helca Nascimento é Chefe de Núcleo de Compliance e Integridade, da AGIR, Associação de Gestão, Inovação e Resultados em Saúde.
* A opinião manifestada é de responsabilidade dos autores e não é, necessariamente, a opinião do IES
Iniciativa linda e necessária 👏🏼 Parabéns aos envolvidos!