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Diante do absurdo, não resta nada a dizer

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Por Eduardo Winston Silva

 

Criamos este blog com intuito de discutir questões estruturantes do sistema de saúde, no Brasil. Mais especificamente, discutir as relações no setor como forma de influenciar a promoção de um ambiente de negócios mais ético. De fato, escrevi meu primeiro texto para publicar aqui, mas diante do absurdo ocorrido na quarta-feira (05/04), em Blumenau (SC), nada mais que pudéssemos debater pareceria fazer sentido.

Ainda consternado com a notícia desta barbárie, só consigo pensar em prestar minhas condolências. Às famílias das vítimas, inocentes em absolutamente todos os sentidos. Não é possível, sequer, imaginar como se sentem. Desejo que encontrem forças para seguir. À todos que vivenciaram o absoluto terror e certamente carregam um trauma perene. À todos aqueles que, embora não tenham vivenciado pessoalmente, têm a capacidade de sentir empatia, também sofrendo as dores deste absurdo. Por fim, àqueles que ficaram indiferentes. São igualmente vítimas, foram contaminados com por uma terrível doença social chamada ‘indiferença’.

Sim, poderíamos pegar ‘carona’ neste (de novo) absurdo para discutir ética com foco na saúde. Contudo, por mais que a causa da ética seja nobre por definição, seria paradoxalmente antiético capturar este fato para defender qualquer pauta. Não, hoje não é dia de falar sobre a nossa causa.

Há, no entanto, reflexões que devemos necessariamente fazer:

Será que uma sociedade pode adoecer?

A nossa sociedade está doente?

Estamos de fato vivenciando um momento de polarização, com aumento do radicalismo chegando à extremismos?

Como as lideranças (de toda natureza) têm influenciado nesta radicalização?

As redes sociais têm, efetivamente, contribuído para este fenômeno?

Como podemos (individualmente e coletivamente) atuar para curarmos esta doença?

Considerando que somos todos responsáveis pela sociedade que vivemos, o momento só permite respeitar a dor, prestar solidariedade e refletir.

 

Eduardo Winston Silva é economista, mestre em administração, diretor para o Brasil de empresa multinacional do setor saúde e presidente do Conselho de Administração do Instituto Ética Saúde

 

* A opinião manifestada é de responsabilidade do autor e não é, necessariamente, a opinião do IES

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José Carlos Storino
18 de abril de 2023 06:26

A ética na saúde salva Vidas , portanto, é imperioso duscuti-la e acima de tudo aplicá-la, porém, diante deste fato “Blumenau”, é urgente que se discuta a Saúde mental, buscar mais a atuação da psicologia, visando orientar alunos, professores e principalmente pais, para que façam a parte deles acompanhando seus filhos nas incursões na Internet, não abdicando desta responsabilidade, e assim poder identificar tendências e problemas e atuar com amparo de profissionais da saúde mental.